Comumente eu escuto RPGistas falando sobre a importância da interpretação e sobre como um bom jogador é um jogador que interpreta bem. Porém, todavia, entretanto, eu acredito que o conceito de o que é interpretação ou do que é uma boa interpretação muitas vezes está completamente errado. Trago aqui como exemplo e evidência deste erro a minha história como RPGista, para ilustrar o equivoco que muitos na comunidade cometem quando discutindo sobre as duas primeiras letras de nosso hobby.
Eu sempre fui um rapaz muito imaginativo e que possuía um grande interesse em mundos de ficção (como todo bom nerd), mas algo sempre me incomodava: eu queria mais do que assistir a história de um herói se desenrolar, eu queria ser o herói e fazer meu próprio destino. Eu sempre parava durante a leitura de um livro nos momentos de tensão para me perguntar o que eu faria no lugar do protagonista, depois voltava a ler para ver se ele concordava comigo. Depois busquei vídeo games, neles a escolha seria minha certo? Não, eles possuíam limites estabelecidos pelos designers ou pelas próprias limitações do hardware em questão. Quando eu ouvi falar de um jogo onde você pode ser quem você quiser e fazer o que você quiser, tendo total controle sobre as ações e decisões de seu personagem minha cabeça explodiu. Imagine todas as possibilidades?! Então, começou minha jornada nos RPGs de mesa.
Eu sempre fui um cara bem extrovertido (apesar de apenas recentemente ter me tornado tanto extrovertido quanto confiante, antes minha timidez jogava contra mim), isso somado ao fato de que eu não tinha tantas oportunidades de "jogar" quanto de mestrar me fizeram um jogador muito engajado e atento a tudo que acontece na mesa. Ouvindo isso você deve pensar "é apenas mais um powergamer" (jogador fissurado em ter o personagem na poderoso possível) ou "aposto que é um murder-hobo" (jogador que mata tudo e todos em sua frente), mas sou obrigado a discordar. Gosto de interagir com NPCs sempre que possível, explorar cada pedacinho do mapa, e encaro cada novo desafio como um teste à minha inteligência e criatividade. Pra mim, RPG é um jogo onde posso testar minha performance em ambientes hostis de maneira segura e explorar um mundo novo e fantástico. "Ah, então você deve ser bom de interpretação, certo?" Errado novamente!
Sempre que digo o como sou péssimo em interpretar, meus amigos dizem como eu estou falando bobagem, como sou o jogador que mais interage com NPCs, e como me saio bem em encontros sociais. Eles se enganam quando pensam que qualquer uma dessas coisas tem conexão com interpretação, pois "playing" vem após "role". Se interpretas, interpretas um papel. Você interage com os NPCs que o seu personagem interagiria, você se sai bem nas situações em que seu personagem se sairia bem. Isso é interpretação de papeis. Isso é "role playing".
Eu tenho que admitir, não vejo graça em interpretar. Se meu personagem possuir uma personalidade definido, serei limitado a ela, e eu não vou impor limitações a mim mesmo em um jogo que me atrai pela liberdade que me fornece. A personalidade dos meus personagem é aquela que mais me diverte emular e seus objetivos são os que mais me divertirão na jornada para alcança-los. Eu interajo com todos os NPCs que vejo pois gosto de explorar o mundo e tenho boas sacadas em situações sociais porque eu sou um cara criativo, apenas isso. Tenho pouco tempo disponível para jogar, então não posso me dar ao luxo de jogar com personagens que possuem duvidas ou conflitos internos sobre a vida de aventuras, todos os meus personagens querem ter o máximo de aventuras no menor espaço de tempo possível (mesmo que não admitam isso).
Outro problema que vejo é quando querem separar a interpretação do combate. Se você interpreta bem seu personagem, deve faze-lo durante o combate também. Ao invés de tentar fazer as jogadas mais táticas, fará aquelas que mais vão de acordo com o que seu personagem faria. "Sim, o mago está desprotegido, mas você conheceu ele ontem, enquanto o ladino é seu irmão, logo, você não saíra de seu lado." Esses são os tipos de decisão que um bom ator deveria fazer, mas vamos esclarecer logo que eu não sou um bom ator e nem pretendo me tornar um. Tal atividade não me diverte e quando se joga um jogo, o faz em busca de diversão.
Então atores e jogador que leem esta postagem, aqueles que preferem emprestar a personalidade de outrem e aqueles que preferem emprestar o mundo de outrem, divirtam-se sem atrapalhar a diversão do jogador ao seu lado. Seja um jogador ou ator, mas nunca esqueçam de levar uma poção de mana.
Eu sempre fui um rapaz muito imaginativo e que possuía um grande interesse em mundos de ficção (como todo bom nerd), mas algo sempre me incomodava: eu queria mais do que assistir a história de um herói se desenrolar, eu queria ser o herói e fazer meu próprio destino. Eu sempre parava durante a leitura de um livro nos momentos de tensão para me perguntar o que eu faria no lugar do protagonista, depois voltava a ler para ver se ele concordava comigo. Depois busquei vídeo games, neles a escolha seria minha certo? Não, eles possuíam limites estabelecidos pelos designers ou pelas próprias limitações do hardware em questão. Quando eu ouvi falar de um jogo onde você pode ser quem você quiser e fazer o que você quiser, tendo total controle sobre as ações e decisões de seu personagem minha cabeça explodiu. Imagine todas as possibilidades?! Então, começou minha jornada nos RPGs de mesa.
Eu sempre fui um cara bem extrovertido (apesar de apenas recentemente ter me tornado tanto extrovertido quanto confiante, antes minha timidez jogava contra mim), isso somado ao fato de que eu não tinha tantas oportunidades de "jogar" quanto de mestrar me fizeram um jogador muito engajado e atento a tudo que acontece na mesa. Ouvindo isso você deve pensar "é apenas mais um powergamer" (jogador fissurado em ter o personagem na poderoso possível) ou "aposto que é um murder-hobo" (jogador que mata tudo e todos em sua frente), mas sou obrigado a discordar. Gosto de interagir com NPCs sempre que possível, explorar cada pedacinho do mapa, e encaro cada novo desafio como um teste à minha inteligência e criatividade. Pra mim, RPG é um jogo onde posso testar minha performance em ambientes hostis de maneira segura e explorar um mundo novo e fantástico. "Ah, então você deve ser bom de interpretação, certo?" Errado novamente!
Sempre que digo o como sou péssimo em interpretar, meus amigos dizem como eu estou falando bobagem, como sou o jogador que mais interage com NPCs, e como me saio bem em encontros sociais. Eles se enganam quando pensam que qualquer uma dessas coisas tem conexão com interpretação, pois "playing" vem após "role". Se interpretas, interpretas um papel. Você interage com os NPCs que o seu personagem interagiria, você se sai bem nas situações em que seu personagem se sairia bem. Isso é interpretação de papeis. Isso é "role playing".
Eu tenho que admitir, não vejo graça em interpretar. Se meu personagem possuir uma personalidade definido, serei limitado a ela, e eu não vou impor limitações a mim mesmo em um jogo que me atrai pela liberdade que me fornece. A personalidade dos meus personagem é aquela que mais me diverte emular e seus objetivos são os que mais me divertirão na jornada para alcança-los. Eu interajo com todos os NPCs que vejo pois gosto de explorar o mundo e tenho boas sacadas em situações sociais porque eu sou um cara criativo, apenas isso. Tenho pouco tempo disponível para jogar, então não posso me dar ao luxo de jogar com personagens que possuem duvidas ou conflitos internos sobre a vida de aventuras, todos os meus personagens querem ter o máximo de aventuras no menor espaço de tempo possível (mesmo que não admitam isso).
Outro problema que vejo é quando querem separar a interpretação do combate. Se você interpreta bem seu personagem, deve faze-lo durante o combate também. Ao invés de tentar fazer as jogadas mais táticas, fará aquelas que mais vão de acordo com o que seu personagem faria. "Sim, o mago está desprotegido, mas você conheceu ele ontem, enquanto o ladino é seu irmão, logo, você não saíra de seu lado." Esses são os tipos de decisão que um bom ator deveria fazer, mas vamos esclarecer logo que eu não sou um bom ator e nem pretendo me tornar um. Tal atividade não me diverte e quando se joga um jogo, o faz em busca de diversão.
Então atores e jogador que leem esta postagem, aqueles que preferem emprestar a personalidade de outrem e aqueles que preferem emprestar o mundo de outrem, divirtam-se sem atrapalhar a diversão do jogador ao seu lado. Seja um jogador ou ator, mas nunca esqueçam de levar uma poção de mana.
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