Após terem decidido caçar Aeris, o grupo foi atacado por um troll gigantesco, mas foram capazes de derrotá-lo através de trabalho de equipe e da generosidade dos deuses. Eles acabam de tirar todas as gemas preciosas das pernas do troll petrificado - ou pelo menos, tanto quanto conseguia carregar, quando recebem uma notícia terrível.
- Pera, como assim você não vai com a gente?! - exclama o tailox feiticeiro.
- Não finja que está surpreso - diz a fira - Eu deixei bem claro que estava fazendo isso pelo dinheiro, mas agora que consegui essas gemas preciosas, eu nunca mais vou precisar tocar em uma espada na minha vida - ela sorri.
- Mas e proteger os fracos e indefesos? Mas e a aventura?
- Isso não é pra mim, raposo - ela põe a mão no ombro de seu companheiro - Eu não sei o que vocês vêem nessa vida. Eu mesma, só vejo uma oportunidade de enriquecer, mas isso eu já consegui. Hora de voltar pra casa. Consegue respeitar a minha decisão?
- ...Sim. Foi bom ter você conosco.
- Digo o mesmo - diz o levent - Pode contar com a gente sempre que precisar!
- Sim... - o aesir acena com a cabeça.
Os aventureiros então se despedem de sua companheira e seguem viagem, adentrando uma floresta que fica cada vez mais densa. Eles andam por horas, até que o aesir para e leva seu dedo aos seus lábios.
- Silêncio… - ele diz - Estamos sendo cercados.
O tailox olha em volta, vendo vultos negros passando por entre as arvores e olhos vermelhos os observando por entre as trevas.
- O que faremos? - pergunta o levent.
Mas eles não têm tempo de discutir um plano de ação, pois um lobo salta em direção ao tailox, pronto para morder sua garganta. Porém, no último segundo, uma flecha atinge o lobo, que cai morto ao chão.
Eles não têm tempo para localizar de onde a flecha veio, pois os lobos então saem de seus esconderijos e um combate se inicia. Eles estão cercados por uma matilha enorme de lobos, de costas um para os outros eles pensam em como sair dessa situação.
- Não tem como vencermos essa - diz o tailox - Paladino, voa daqui.
- Você sabe que eu jamais faria isso.
- Por que você gosta da gente?
- Porque eu sigo o código da coragem e...
- E?
- E eu gosto de vocês, mas só um pouquinho.
- Eu tenho uma ideia - diz o aesir - Meu pai me ensinou a combater de maneira tática, usando o momentum de cada golpe para fortalecer o próximo.
- O que isso significa? - pergunta o paladino.
- Que se eu puder matar cada lobo com um único golpe, posso matar todos eles sozinho. Claro, isso supondo que eu acerte todos os golpes.
- Entendi. Então ao invés de tentarmos matar um lobo de cada vez, focamos em enfraquecer a todos eles e depois deixamos você finalizá-los?
- Exatamente.
- Partiu.
Eles então avançam para cima dos lobos, tentando ferir o maior número de lobos possível. De vez em quando, uma flecha misteriosa acerta um dos lobos. Eles continuam nessa dança mortal, se ferindo cada vez mais à mercê das presas e garras da matilha.
- Guerreiro, está pronto?! - pergunta o levent paladino.
- Sim, mande todos para mim! - responde o aesir guerreiro.
O trio então se junta novamente, mas quando os lobos se aproximam, o levent pega o tailox feiticeiro e alça voo, deixando o guerreiro cercado por lobos.
- Como vamos garantir que todos continuarão ali? - pergunta o levent.
- Deixa comigo - diz o tailox - Magia arcana, estilo fogo… Inflamar!
O tailox desenha uma runa arcana no ar e um círculo de fogo se forma ao redor dos lobos.
- Como você fez isso?
- Eu fiz um círculo de óleo durante a batalha.
- Sárfion com certeza te abençoou com astúcia.
O aesir olha para os numerosos inimigos que lhe cercam. Os lobos estão feridos, mas não o suficiente para impedir que eles o despedacem em menos de seis segundos.
- Vocês acham que eu estou preso aqui com vocês? Não, vocês é que estão presos aqui comigo! - as veias do aesir saltam - FÚRIA BESTIAL! ULFHEDNAR!
Ele larga seu machado e duas manoplas espirituais no formato de lobos envolvem seus punhos. Os lobos pulam em sua direção, mas em uma velocidade quase sobre-humana, ele começa um massacre. A cada golpe, ele fica mais rápido, usando o momentum de cada soco para fortalecer o próximo, ele esmaga o crânio de um lobo de cada vez, usando as táticas de combate ensinadas por seu pai. Ele quase erra um ou dois socos, mas sempre acerta o alvo, matando-o com um golpe certeiro, sabendo que se falhar apenas uma vez, será devorado pelos lobos. Para ele, aquilo foi uma eternidade, mas para seus companheiros, que observam de fora, aquilo durou nada mais do que poucos segundos. Ao fim, ele é o único de pé, cercado pelos corpos da matilha inteira e com os punhos envoltos em sangue.
- Esse cara é um monstro - diz o tailox.
- Então que demos graças a Hadorn por ele estar do nosso lado - responde o levent.
O grupo respira aliviado, mas então um lobo com o dobro do tamanho sai da floresta. Um lobo bestial que, assim como os outros, possui olhos vermelhos como sangue. Os aventureiros se preparam para mais uma batalha, independente do quão feridos estejam, mas subitamente, um coelho com chifres corre da floresta e dá um encontrão diretamente com o lobo bestial, jogando-o longe. Quando o lobo tenta se levantar, uma flecha atinge sua cabeça.
- Vocês estão bem? - pergunta uma voz feminina.
Eles se viram e dão de cara uma uma jovem elfa druida, que possui um arco recurvo e é acompanhada por um coelho com chifres que brilha no escuro.
"- Silêncio… - ele diz" Coloquei musica de floresta com suspense, "pois um lobo salta em direção ao tailox" musica de batalha épica.
ResponderExcluirVéi, se isso fosse um livro tinha lido de uma unica vez e esperando o 2º volume...
Valeu, cara! Eu tava escrevendo só por diversão mesmo, mas parece que o pessoal tá gostando bastante. Vou lançar o próximo capítulo assim que puder.
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